Muitos diferenciais da vida castrense não são compreendidos por àqueles que vivenciam a carreira militar. Estranho? E como! Chegando até ao inacreditável fato da hierarquia ser incompreendida por quem deveria preservar, respeitar e, claramente, alicerçar seus atos diários nos preceitos básicos da instituição, dentre eles, a hierarquia. A realidade vivenciada na PMAL prova esta triste realidade, a exemplo das escalas visando o emprego da tropa nas eleições 2022.
Nos bastidores, grupos e subgrupos afirmam nos corredores que a quebra da hierarquia e disciplina segue motivada por promoções graciosas de apadrinhamento político ou demandas judiciais. GRANDE ENGANO! Isto é um grão de areia no vasto deserto do cotidiano vivido pelos Militares Estaduais. Às vésperas das eleições, a PMAL publica a sua escala de serviço para garantir a Segurança na realização do Pleito 2022. E pasmem! Nela pode ser conferido o desrespeito a hierarquia e a falta de reconhecimento da responsabilidade funcional que é imperativa e diferenciada a cada posto da estrutura da Briosa.
Na supracitada escala, independente de ser oficial subalterno, intermediário ou superior, os oficiais são empregados para executar o mesmo serviço. Além disto, e mais independente ainda do tempo de serviço prestado a Corporação, militares antigos concorrem a uma escala de 48 horas por conta do deslocamento para o Interior alagoano (experiência já vivida por eles em outros pleitos eleitorais), enquanto oficiais com menos tempo de serviço estão escalados no período de 12 horas. Imaginaram uma empresa onde todos os funcionários devem executar o mesmo serviço? Existe empresa de sucesso sem divisão de responsabilidades e missões?
E mais uma vez, a velha máxima impera: nada é tão ruim, que não possa ser piorado. Quando a quebra dos princípios básicos da carreira militar ocorre por iniciativa da própria Corporação, quem poderá nos defender? Se o próprio Militar não reconhece suas prerrogativas e a legislação diferenciada que o rege, como cobrar respeito e valorização profissional dos gestores públicos civis, a exemplo do governador de Alagoas?