A Associação dos Oficiais Militares de Alagoas – Assomal, garantindo a lisura de suas atividades, realizou uma auditoria nas contas da associação, através da empresa M Q Gestão Contábil Empresarial EIRELI- EPP, contratada pela atual diretoria executiva, onde foi analisada as prestações das contas da associação no período compreendido de 01 de janeiro de 2014 a 31 de dezembro de 2016, estendendo-se até 23 de janeiro de 2017.
Segundo o auditor, Marcello Quirino, foram constatadas diversas irregularidades nas prestações de contas daqueles anos, entre elas “a não representação adequada em todos os aspectos relevantes da posição patrimonial e financeira da Assomal, bem como dos reflexos de saldos anteriores, resultado de suas operações, elaboradas em total desacordo com os Princípios Fundamentais da Contabilidade e de boas práticas de gestão administrativa e financeira, além da forma inexplicável dos valores contabilizados de responsabilidade da gestão, possuírem várias discrepâncias, mês após mês, nos valores recebidos e pagos pela entidade, indo desde o superfaturamento das saídas até o não lançamento dos recursos recebidos em caixa.” Afirma Quirino.
Foram encontradas ainda o recebimento de verbas e recursos por parte de dirigentes da entidade, o que fere o Estatuto Social da Assomal, não permitindo nenhum tipo de remuneração ou vantagem aos seus gestores. O conjunto dessa má administração financeira e do uso indevido dos recursos da associação, resultou num prejuízo financeiro de R$ 463.874,94 (quatrocentos e sessenta e três mil, oitocentos e setenta e quatro reais e noventa e quatro centavos) à entidade.
O atual Presidente da Diretoria Executiva da Assomal – tenente coronel QOC PM José Cláudio do Nascimento e demais diretores assumiram a gestão em 24 de janeiro de 2017, após ser eleito, democraticamente, pelo voto direto dos Oficiais Militares de Alagoas, em 10 de janeiro do ano corrente.
Ao assumir, a gestão atual afirmou que seu maior compromisso é com a legalidade e transparência dos atos de sua administração, e foi este o lema da campanha em 2016, o que levou a chapa à vitoria. Honrando esse compromisso feito com os associados, foi solicitada a auditoria em comum acordo com todos os diretores em uma empresa solida, cujos profissionais estão atuando no mercado há mais de 29 anos, MQ Gestão Contábil. A auditoria foi lida em Assembleia Geral Extraordinária realizada 19 de maio, onde todos os associados foram informados e convidados a participar. Em assembléia ficou decidido e posto em ata que: seria concedido a Diretoria Executiva da gestão anterior, na pessoa do seu presidente o Maj QOA PM Wellington Rodrigues Fragoso, o direito da ampla defesa e do contraditório, inclusive, submetendo a apreciação da Assembléia para votação o ato de fazer uma notificação Extrajudicial ao Presidente em espeque, dando um prazo de 30 (trinta) dias, improrrogável para que o mesmo, querendo, apresentasse a documentação cabível para corrigir as inconsistências apontadas no relatório da Auditoria.
Devido ao silencio por parte do ex-presidente da Assomal Major Fragoso, que foi devidamente notificado e não se pronunciou, passado o prazo de 30 dias, a diretoria executiva decidiu representa-lo criminalmente e civilmente no Ministério Público Estadual e no Distrito Policial da Capital, concomitantemente, pelos crimes de apropriação indébita e falsidade ideológica na terça-feira (11) e hoje (12) respectivamente.
O presidente J. Cláudio reafirma o que foi dito em assembleia, “a atitude da representação contra o militar está além do interesse pessoal. Expressa a vontade soberana dos sócios, decidida em Assembleia Geral Extraordinária, não obstante fideliza a obediência de sua administração ao principio da transparências”. Disse o coronel.