O Movimento Unificado dos Militares do Estado de Alagoas vem a público repudiar o descaso que o governo do Estado adotou para imunização dos profissionais de Segurança Pública a Covid-19. Após dezenas de fotos para o marketing governamental na última segunda-feira (05), durante solenidade de início da vacinação, a realidade dos fatos é a falta de planejamento que resultou num cronograma que não atende a necessidade dos policiais e bombeiros militares empregados na
atividade-fim das Corporações.
Um famoso dito popular figura nas rodas de conversas nos quartéis alagoanos desde o início da esperada Vacinação dos Militares Estaduais – Alegria de pobre dura pouco! Para policiais e bombeiros militares muito pouco mesmo. Pobres de reconhecimento, gratidão, dignidade e atenção por parte do Governador Renan Filho, mais de 70% do efetivo empregado na operacionalidade ficou de fora do primeiro ciclo do calendário de imunização a Covid-19, nesta primeira quinzena de abril.
“Organizar um plano de vacinação sem considerar as peculiaridades de cada instituição que compõe a Segurança Pública só reforça o descaso com a vida de homens e mulheres da caserna”, declara Ten Cel Olegário Paes, presidente da Assomal. Prova disto é que a imunização dos Militares Estaduais lotados em Maceió está concentrada num único local – o Colégio da Polícia Militar Tiradentes desta forma, Peritos, civis que atuam no Ronda do Bairro e Detran (Lei Seca), além dos Bombeiros e Policiais Militares, seguem unidos na espera da vacinação, rumo à aglomeração institucionalizada. E o pior: No horário de almoço toda equipe de trabalho na vacinação para, aumentando o tempo de espera e a aglomeração no local.
Renan Filho anunciou na véspera do feriado de Páscoa que os gestores da Saúde e da Segurança Pública iriam planejar a forma de vacinação, mas é evidente que o planejamento apresentado não observou a realidade da tropa nem seu emprego. E, para ajudar o governo de Alagoas no aperfeiçoamento desse calendário, vale verificar:
1) Quantos militares estaduais da ativa, acima de 45 anos, faleceram por Covid-19?
2) A estatística por idade das vítimas fatais nas Corporações Estaduais foi analisada para confecção do calendário de vacinação?
3) Por que o critério adotado para imunização dos profissionais de Segurança Pública foi diferente do aplicado aos profissionais da saúde. Se todos estão na linha de frente e na área de saúde não houve critério de idade mas ambiente de trabalho?
4) Na atividade-fim da PMAL e CBMAL mais de 70% do efetivo possui idade inferior a 40 anos. Será a faixa etária empregada para início da imunização condizente com a realidade da tropa?
5) Mais de 10.000 militares estaduais estão na ativa, somando policiais e bombeiros militares. A maior parte deste efetivo é lotado em Maceió e, apesar do quantitativo, haverá um único ponto de vacinação na capital alagoana?
6) Diante do quantitativo de profissionais da Segurança Pública a ser imunizado no Colégio da Polícia Militar. Foi analisada a implantação de novos polos de vacinação na Capital?
Vacinar é preciso! Por respeito à vida dos militares estaduais que atuam na linha de frente, pelo futuro de suas famílias e pelo reconhecimento ao trabalho de bombeiros e policiais militares que seguem firmes e fortes na defesa do povo alagoano.
Maceió/AL 9 de abril de 2021
Movimento Unificado dos Militares do Estado de Alagoas.